Roberto Bertoche escreveu:
Não vi o teste ainda, mas vi que é um teste de tempo de reação, possivelmente feito junto ao teclado do PC.
Porém, dirigindo, o problema maior não é que se demore um ou dois centésimos de segundo a mais para fazer alguma coisa, mas que se demore para fazer a coisa certa.
Mais do que rápida, a reação deve ser correta para cada situação.
Não tenho (e quem me conhece também não tem) a menor dúvida de que hoje, com o que aprendi, dirijo muito melhor do que quando eu tinha dezoito anos.
Em suma, não se impressionem muito com o tempo de reação dos dedos no teclado.
Dirigir não é isso.
Logicamente, Bertoche. Por isso o título é : tempo de reação e não algo mais complexo.
Para ilustrar melhor, vou dar um exemplo de uma situação que aconteceu comigo no domingo passado.
Estava em um trecho urbano da BR-040, próximo a contagem, onde a velocidade máxima era 80 km/h, eu deveria estar a uns 100 km/h no máximo. O trecho possui muitas passarelas, mas os cidadãos insistem em atravessar fora delas, tanto que há vários radares no trecho.
Pois bem, em determinado trecho, com a pista com duas faixas, eu conduzindo pela faixa da esquerda, uma camarada do nada aparece na via atravessando, cerca de uns 50 metros ou menos na minha frente, a primeira reação foi o susto que tive, mas o que fiz foi somente desviar o carro o máximo para esquerda que eu podia, talvez 1 metro para não atropelar o camarada.
Meu tempo de reação foi adequado e a ação escolhida também ( desviar a trajetória). Caso eu tivesse utilizado o freio, com força, como deve ser para acionar o ABS, certamente eu poderia ter atropelado o sujeito.
Para explicar melhor: o camarada é daqueles que tentam atravessar uma via movimentada ( como estava na momento), somente pela percepção de velocidade dos carros na via.
Sorte que o asfalto era bom, pois como nosso HB20 não tem controle de estabilidade, eu corri o risco de perder aderência dos pneus no movimento brusco, aí só o movimento correto no pedal e no volante para não rodar ou capotar.
Por isso alguns dizem e até concordo. No caso de um cachorro atravessando na pista é melhor atropela-lo e ter algum prejuízo, do que arriscar a vida em uma manobra perigosa. Graças a Deus ainda não tive a insatisfação de matar um cachorro na estrada e espero não ter. Na situação de uma vida humana em jogo, certamente a situação é diferente.
O complicado de tudo isso é que mesmo correto na condução, caso matemos alguém em um atropelamento, teremos que responder por homicídio culposo.
Foi mal o texto longo, mas era para exemplificar e diferenciar melhor a função do teste, que nada mais é que uma brincadeira, antes que surjam mais críticas desnecessárias.
Abraços,