ZECAM escreveu:
Concordo Diogo,
Mas você é conhecedor que pra não falhar tem que dimensionar adequadamente.
Eu sou assim. Pra não falhar uso fator de segurança mais alto.
Zecam, sem dúvida tens toda a razão, o correto dimensionamento é fundamental para o adequado funcionamento e durabilidade de uma máquina, equipamento ou elemento.
Porém, somente coeficiente de segurança não é tudo, ele apenas superdimensiona a relação das cargas (carregamento) submetidas pelo elemento x a forma e os limites do material usado no elemento, isto tudo analisando do ponto de vista estático, é assim que se dimensiona prédios, casa, vigas, etc...
Mas quando falamos em máquinas a coisa é diferente, é dinâmica, existe movimento, as cargas e os carregamento são oscilantes e cíclicos, e mesmo nunca ultrapassando o limite (Resistência + C.S.) de projeto do equipamento ele pode quebrar, e o responsável pela falha é um fenômeno ERRONEAMENTE não considerado em cálculos por muitos projetistas e engenheiros no Brasil e no mundo, a Fadiga, ela é responsável por 90 a 95% da falhas.
Os cálculos de fadiga são bem conhecidos (datam de meados de 1850, motivados pela quebra de eixos ferroviários) e até elementares para elementos unitários, (um eixo, uma viga, uma barras, rolamentos etc), mas quando em conjunto de elementos e com a falta de identificação todas as forças envolvidas, a coisa não é tão simples assim.
Por isto muitas das vezes erroneamente ou por falta de conhecimento técnico, se usa um coeficiente de segurança gigante e mesmo assim a peça falha.
A questão é que se pode dimensionar a peça contra a fadiga para falhar com 1.000.000 ciclos de carga total (considerado Coef. Seg. 1 para a fadiga), ou para 5.000.000 de ciclos (Considerado Coef. Seg. 5 para a fadiga), ou até em teoria para o que a literatura chama de "vida infinita", que em "teoria" a peça nunca vai falar por fadiga desde que trabalhe nos limites do projeto.
As montadoras conhecem e estudam bem os efeitos da fadiga em seus projetos, estamos tratando de engenharia mesmo e não achismo, porém é conveniente (carro populares e médios, de baixo custo) pra eles que os projetos de peças (que não envolvam a segurança) tenham ciclos de vida de 300.000, 400.000, 500.000, ou seja, tua garantia de 1 ano a 3 anos vai pro saco e a peça quebra e vc compra outra, simples assim.
Também existem carros (séries Top) e montadoras de calculam estes ciclos de fadiga pra cima, por isto é difícil haver uma quebra ou problema com as peças durante os 10 primeiros anos de uso.