Kimchi Eater escreveu:
Motor Kappa é um motor muito moderno, não sei como podem falar que ele é defasado. Pesa cerca de 80kg, tem duplo comando, tuchos tratados com DLC, off-set no virabrequim... O problema certamente não é a defasagem do motor.
O meu Confort 2016 está para completar 40.000 km, e eu pude observar algumas coisas...
Novo ele dava cabeçadas para sair, as vezes muito fraco... Isso é um problema bem comum pelo que tenho visto. Isso é válvulas sem assentamento, ele perde muita compressão em baixa rpm.
Depois de assentado, para quem roda com álcool a tendência é juntar mais carvão nas válvulas. Isso gera uma grande confusão, pois no geral a tendência com álcool é carbonizar menos. Isso é verdade na câmara de combustão, pois o álcool é mais puro e sua combustão não gera resíduos. Mas para as válvulas o que conta é o efeito detergente e lubrificante, que na gasolina é melhor. Eu rodo com álcool é reparei que a cada 5000 km o motor ficava ruim, contornado primeiro com um tanque de gasolina... E agora estou testando o STP Verde, aparentemente o resultado é bom. ( já li outros relatos de quem usou stp e o carro melhorou bem).
Outra coisa que colabora, a ccs sempre coloca o nível de óleo acima do risco, aumentando a tendência a arrastar óleo, o mangote antes da borboleta fica úmido com o óleo.
A terceira parte é sobre o filtro de ar, muito pequeno e com intervalo de troca muito grande. A cada 5000km tiro ele e passo aspirador de pó. Antigamente era muito comum isso, meu pai sempre tirava o filtro para limpar, coisa que hoje em dia foi esquecido. A maior restrição no filtro, além do já conhecido aumento no consumo de combustível e redução de desempenho, aumenta o vácuo na admissão e ajuda também a névoa do óleo ser aspirada para dentro do motor aumentando a carbonização das válvulas. Mês passado, andando muito pelas serras mineiras ele fez 12km/L de álcool, o que faço na minha rota mais usada, que não é das mais econômicas devido à topografia, com subidas e descidas fortes em boa parte do caminho.
Fica evidente que não há problemas de defasagem do motor, mas sim alguns problemas de desenvolvimento, facilmente corrigíveis pela evolução natural do motor. É necessário corrigir esses detalhes, coisas que os motores EA111 da VW, que foi lançado em 1974 e o Família 1 da GM lançado em 1982 tiveram bastante tempo para fazer.
Vou discordar do colega aqui quando ele cita que o etanol carboniza as válvulas de admissão, quando já é fato comprovado que o etanol aqui no Brasil e até o E-85 lá nos EUA é que mantém as válvulas de admissão dos motores sempre limpas, ao contrário do que ocorre com quaisquer das gasolinas, cuja queima incompleta produz grossas camadas de crostas de carvão não só nas válvulas , mas em todas as peças internas do motor que participam da combustão para qq um que quiser , poder comprovar.
E o efeito lubrificante da gasolina de nada vai adiantar nos atuais motores flex pq eles já são protegidos de fábrica contra todos os efeitos do etanol que são a queima seca e a tendencia a corrosão, portanto o etanol sempre foi e será disparado , o melhor e mais limpo combustível quando comparado com quaisquer das gasolinas , mais barato e ainda, apresenta uma octanagem bem superior a de quaisquer das gasolinas automotivas comerciais.
E tb não existe essa das válvulas dos cabeçotes perderem compressão em motores novos ou que consomem apenas etanol pq eles já saem das fábricas perfeitamente bem montados e vedadas, caso contrário todos os motores falhariam desde zero KM ...
Mas o que existem sim em todos os motores quando ainda novos é um posterior assentamento dos aneis dos pistons nas paredes dos cilindros e com isso se aumenta de fato e levemente a compressão final dos motores novos mas somente após eles estarem completamente amaciados, essa é a realidade !!!
O meu atual HB20 1.6 2013 , desde que ele era ainda zero km, NUNCA foi abastecido apenas com gasolinas, mas como uma mistura de 80% de etanol e apenas 20% de gasolina e faço isso simplesmente para fazer o etanol render um pouco mais em kms/l e nada mais além disso.
E esse HB20 nunca apresentou o menor problema com carbonizações em nenhuma parte interna do motor dele nesses 6 longos anos que estamos com ele e eu até já utilizei somente por curiosidade , um boroscopio ( aquelas camaras em miniatura ) pelo orificio da vela de ignição para visualizar e comprovar que internamente tanto a câmara de combustão e tb as válvulas do cabeçote dele estão absolutamente limpas sem nenhum sinal de carbonizações negras causadas por esses nossos LIXOS de gasolinas mal produzidas.
Obs : E quanto ao nível tecnologico desse motor 1.0 kappa, vejo que ele está sim já bem defasado pq ele não tem comando variável nas válvulas de escape e nem injeção direta de combustível, apesar dele de fato ter uma alta taxa de compressão (12,5 : 1) e além disso, ele tb é bem penalizado pelo peso do próprio HB20.
O que tb se percebe nos HB20 1.0 é que o câmbio deles deveria ter um melhor escalonamento das marchas para ajuda-lo a ter um melhor desempenho e talvez até um menor consumo médio, principalmente quando eles trafegarem mais carregados e ainda, com o ar condicionado sempre ligado, ocasião essa em que esse pequeno motor é bem mais forçado a maior parte do tempo.
E um dos fortes sintomas dessa provável falha de escalonamento do câmbio dos HB20 1.0 é o sistema de embreagem deles que tem se mostrado demasiado forçados e com isso tem sua vida útil bem reduzida, trazendo problemas precoces aos usuários dessa versão de HB20 , inclusive com mutas reclamações aqui mesmo nesse forum.
Portanto vejo que há um equívoco nessa citação do colega acima e que por isso deve sim ser devidamente corrigida !